(…)
– E por acaso não somos agricultores? Ela respondeu, indagando-o. E ele incrédulo, acerca da afirmativa quase absurda , franziu o cenho. E disse, numa expressão desdenhosa:
– Agricultores?
– Sim, agricultores. Nós aramos a terra da vida alheia, conquistando espaços e trilhas, para em seguida, depositar sementes, que nada mais são do que nossas intenções em estar ali, regamos de palavras, atitudes e emoções…esperamos enraizar, florescer, colorir o horizonte…e depois, bem, só depois é que colhemos. E este ponto, esta última parte da semeadura, nem sempre é a resposta da semente que lançamos, porque também depende do quão receptivo e maduro é este solo. Entende?
– Agricultores?
– Sim, agricultores. Nós aramos a terra da vida alheia, conquistando espaços e trilhas, para em seguida, depositar sementes, que nada mais são do que nossas intenções em estar ali, regamos de palavras, atitudes e emoções…esperamos enraizar, florescer, colorir o horizonte…e depois, bem, só depois é que colhemos. E este ponto, esta última parte da semeadura, nem sempre é a resposta da semente que lançamos, porque também depende do quão receptivo e maduro é este solo. Entende?
Ele assentiu com a cabeça, silencioso, olhos brilhando, maravilhado com o novo mundo que se abria dentro de si.
…
…
Naquela noite, o pequenino sonhou, sonhou que era uma folha de papel, repleta de branco, mas sabia que não estava vazia, estava cheia de todas as cores possíveis. Ele só precisava reconhecer o estímulo que seria capaz de lhe dar a cor que escolhera refletir ao mundo.
Muito bom! Fico feliz em ler tais reflexões, cheias de intensidade e sutileza. Beijos!