Digitando e deletando…digitando e deletando…
Tentando organizar as idéias.
Organizar o turbilhão de mudanças e acontecimentos os quais simplesmente surgiram em minha vida. E eu, a euzinha que vos fala, teve que ter que aprender a “nadar” sendo arremessada em profundidades consideráveis e sem opção alguma de bote salva-vidas. O que nos leva a uma necessidade íntima de sobrevivência, já que foi a mesma que me salvou. Sim, salvou, porque estive mal, estive realmente nas “profundezas do fundo do poço” (algo como o magma da terra, ou um estágio subjacente do inferno…hipérbole?), aquilo que lá foram, no mundo das pessoas alheias a nós, também é conhecido como auto-destruição. Estranho, né? Iniciar um processo de auto-destruição…O.K.! Nós, seres humanos desenvolvidos, fazemos isso fisiologicamente, porém, geralmente, em percentuais quase imperceptíveis. Mas, no caso em questão, me refiro a auto-destruição no âmbito: sofrimento amoroso, psicológico, emocional…blá-blá-blá!
Todo mundo um dia já sofreu por amor e para você que está sentado em sua poltrona confortável e mãos ensebadas de doritos com o sorrisinho de auto confiança de que “essas coisas nunca irão acontecer comigo“. SORRY! Você passará por isso um dia, a menos que nunca ame…e neste caso, é bem mais lamentável ainda.
O fato é que meu namoro de 7 a nos e 7 meses teve o ponto final da história, o último pingo do “i”, o “final lap”. Claro que agora estou na situação confortável de ser sarcástica e/ou apreciadora de humor negro com minha própria dor…mas é que eu sobrevivi e é necessário acrescentar que faz aproximadamente 7 meses (alguma maldição com o número 7????) que isto aconteceu. Ahhhhhhhhhhhhh…ASSIM FICA FÁCIL, NÉ? FÁCIL UMA PORRA! É FODAAAAA! Mas passa…independente do tempo…passa!
Não mata, muito embora alguns tentem facilitar este acontecimento com lâminas, saltar de prédios (sem dispositivos de segurança), overdoses…e tals! E como dizem, “O que não me mata, me torna mais forte” de fato é clichê, mas funciona para aqueles que escolhem crescer com a experiência. SIM, é uma escolha…talvez não seja uma opção visitar seu próprio “fundo do poço”, mas o seu tempo de estadia por lá é uma decisão sua, certamente. Ficar no cantinho da parede curtindo a vibe da “auto-piedade” é um prefácio generoso para destruição fulminante de sua vida. E diga-se de passagem, é realmente muito fácil. Há razões de sobra para viajar em “motivos pelos quais ele não me ama mais”, porque temos servido em prato suculento, uma coisa chamada IMAGINAÇÃO! Então, se você que está lendo agora “meu diário de bordo da fossa póstuma”, pode ser, isto significa que existe uma possibilidade (a qual não irei fazer as contas probabilísticas, uma vez que sou péssima com números…) que meu relato ajude de alguma forma…mesmo que não mude efetivamente em nada em sua vida, ao menos sirva de mais uma integrante para o seu “time dos fosseiros de plantão” (no meu caso, me resigno a ex pertencente deste time…sorry!?).
O fato é que há muita vida depois de “um grande amor”… aliás, o grande problema é acharmos que temos que ser parte/metade/lado/banda de um um outro indivíduo. O que não faz nenhum sentido, já que se é indivíduo, ele deve ser ímpar, antes de formar um par com alguém, com um outro ímpar. E que juntos, não se anulam, não se limitam, se relacionam…dois mundos que interagem, que compartilham e crescem. Eu chamaria de “amor saudável”, que nos permite a liberdade do SER, sem a restrição de proporcionar, de estar ali para prover uma necessidade, preencher um vazio, o famoso apego, que geralmente é o fio tênue que mantém muitos relacionamentos duradouros e falidos, diga-se de passagem…
Daí chegamos a tão bem discutida política do amor-próprio, que em teoria é usada como discurso, porque muitos não vivenciam este pré-requisito para os que querem sobreviver ao “mundo lá fora“. Ignoram, andam chutando como uma bola de papel incômoda no meio do caminho…mas, é uma daquelas mentirinhas que inventamos para nós mesmos e que mais dia, menos dia, a fatura chega, saca? E pode ser com dígitos generosos…porém no entanto, todavia, alguns insistem em protelar este “ajuste de contas” e se arrastam com relacionamentos problemáticos, sempre contando com a ausência de amor-próprio, proporcionando “doces experiências”.
Então era só isso que eu tinha para relatar…Para quem pretende sobreviver, comece com a prática do manual do AMOR-PRÓPRIO!
Um sofrimento imprescindível!
Que arranha, mas não mata!
Abraço a todos!
Recado direcionado: As minhas amigas-irmãs: Monique e Marina, obrigada por permanecerem em minha vida…em dias tempestuosos, também. AMO! A minha família, em especial: Sandra e Lordana…
E todos os meus grandes amigos que estiveram aqui aturando as “pedras no meio do caminho” ao meu lado! Viu, Ti?
p.s.: Dê, pra vc sempre…
Inté!
Além do horizonte existe um lugar…